Procon Câmara recebe denominação
Na última segunda-feira (06), foi aprovado o Projeto de Lei que deu denominação ao Procon Câmara
Publicado em 10/02/2023 14:22 - Atualizado em 10/02/2023 14:38
Na última segunda-feira (06), foi aprovado na Câmara, por unanimidade, o Projeto de Lei 027/2022 que “Dá denominação ao Procon Legislativo”. O projeto de autoria dos vereadores Norberto Leandro, Rafael Webert e Hamilton Martins denominou o Procon Câmara com o nome de Onesina Jaques de Queiroz, pelos relevantes serviços prestados à população de Igarapé. Onesina é mãe do então vereador Wagner Antonio Jaques de Castro, falecida no dia 16 de junho de 2021.
Conheça um breve resumo da história de Onesina:
Onesina Jaques de Queiroz ou simplesmente Nezina nasceu em Igarapé, no dia 11 de setembro de 1942, filha de Patrocínia Cândida de Oliveira e Jose Geraldo de Queiroz, filha caçula do casal de agricultores, estudou até o ginasial. Mãe solo do primeiro filho (Waguinho) por opção, o que era uma coisa impensável para época. Casou com Itamar Jaques com quem teve mais 4 filhos naturais: Wander, Warley, Walmir e Dharney (falecido ainda bebê) e ainda várias filhas de coração: Matildes, Adélia, Delcani, Clara e sua neta Rayane e bisneto Kaio.
Trabalhou como balconista de loja em BH, brochurista gráfica, foi aprovada em 2 concursos, um na prefeitura e outro no Estado, onde trabalhou até os anos 80, sendo aposentada por invalidez.
Durante seu tempo na prefeitura exercia uma função de assistente social informal, no qual era muito comum os prefeitos mandarem as pessoas a procurarem pelos mais diversos motivos, como levar as pessoas para conseguirem tratamentos médicos e senhoras para terem filhos nos hospitais, sendo que Igarapé não tinha ambulância. O atendimento era por meio de taxi ou carro particular. Após muitas madrugadas procurando serviços de taxistas acabou por adquirir uma marajó (Carro da Chevrolet) e os filhos, sobrinhos ou qualquer um que se disponibilizasse servia de motorista.
Nezina chegou a ter cinquenta e alguns afilhados, e era do tipo mãezona, não importava se era filho, sobrinho, afilhado ou filhos dos conhecidos: mexeu com um ela comprava a briga mesmo. Acompanhou por muitos anos a escolinha de futebol infantil pra tudo enquanto era cidade afim de garantir a segurança dos pequenos.
Foram muitos andarilhos, viajantes, e pessoas em busca de abrigo que foram acolhidos na casa dela. Certa vez, apareceu um rapaz que só falava o primeiro nome, ele estava com muita febre, vestido com roupas rasgadas, sujo, cabelo e barba grandes e sem documentos. Nezina o levou ao médico e o rapaz estava com pneumonia, após a consulta faltava comprar os medicamentos e ela não podia deixá-lo na rua, então o levou para casa. Começou a pesquisar e dois dias depois descobriu que ele havia saído de casa há pelo menos 15 anos e era da cidade de Ceres (GO), mais alguns dias depois descobriu que o pai dele trabalhava ou trabalhou em banco, e a baixinha resolveu descobrir a família do cara, ligou para vários bancos da cidade e foi contando a história pra todos, até que chegou a uma agência de um banco da cidade, o qual um funcionário disse que tinha um gerente cujo filho havia fugido de casa há 15-20 anos, mas que ele já havia aposentado, então, depois de ganhar a confiança do pessoal, Nezina conseguiu um telefone e ligou para o ex gerente; uma senhora atendeu a ligação e de imediato Nezina perguntou se ela conhecia um rapaz de mais ou menos trinta e poucos anos, e citou o nome do rapaz. A senhora ficou brava, pois era o nome do filho dela que havia saído de casa e falecido há muito tempo. Depois de receber muito xingo Nezina contou a história para a senhora, que após se acalmar pegou um avião e veio a Minas conferir a história, foi a um encontro de novela, o pai do rapaz era ex gerente de banco e agora pecuarista, foram embora e nunca mais deram notícias.
Após ser acometida por 2 AVCs e Alzeimer, Nezina ficou acamada por mais de 8 anos, mas sem nunca baixar a cabeça e demonstrar tristeza. Faleceu aos 79 anos, no dia 16 de junho de 2021.
por COMUNICAÇÃO