Câmara homenageia mães igarapeenses
Solenidade foi realizada no dia 10 de maio de 2024, na Sede da Câmara Municipal
Publicado em 23/05/2024 10:37
A Câmara Municipal de Igarapé realizou no dia 10 de maio, Sessão Solene em homenagem ao Dia das Mães. A solenidade foi marcada pela emoção e pelo sentimento fraterno da maternidade. As mães foram agraciadas com uma placa concedendo voto de aplausos pelo exemplo de mãe, referência familiar e por sua contribuição na formação da sociedade igarapeense.
A história das homenageadas foi contada ao público e como fator comum todas traziam a simplicidade e a dedicação. São mulheres que, exercendo o papel de mãe, se tornaram exemplos de coragem e persistência, em nome do amor incondicional e único. A homenagem é uma forma de reconhecer a importância destas senhoras que contribuem para a formação dos cidadãos de Igarapé.
As homenageadas foram: Ana Flávia Ferreira dos Santos, Maria da Consolação Lopes Bandeira, Elcilene Ferreira Mendes, Elisangela Nunes de Oliveira, Fátima Aparecida da Silva, Joana Maria de Queiroz, Magna da Silva Alves, Maria Madalena de Souza Batista, Norma Rosa de Souza Silva, Sinair Ramos Andrade, Tatiana Alves da Silva Moreira e Valdirene Miranda Oliveira.
Prevista na Resolução 144 aprovada no dia 17 de fevereiro de 2012, que “Institui Homenagem ao Dia das Mães na Câmara Municipal de Igarapé e dá outras providências”, tem o intuito de homenagear as mães igarapeenses.
Conheça a história das homenageadas:
Ana Flávia Ferreira dos Santos nasceu em 7 de outubro de 1997, no Hospital Evangélico em Belo Horizonte, filha de Flávio e Nelzi Maria. Desde cedo, Ana Flávia demonstrou um espírito resiliente e uma determinação em enfrentar desafios.
Ela passou sua infância e adolescência no bairro aglomerado da Serra, ao lado de sua única irmã caçula, Amanda. Aos 17 anos, Ana mudou-se para a cidade de Igarapé, onde residia no bairro Panorama Industrial.
Aos 19 anos, Ana Flávia casou-se e deu à luz sua primeira filha, a quem chamou de Ana Laura. Foi nesse momento que Ana começou a perceber que sua filha era “diferente” das outras crianças. Essa percepção desencadeou uma busca por respostas e apoio.
Ana encontrou em Débora, mãe de João Lucas, uma fonte de conhecimento e conforto. Débora apresentou a Ana o autismo de forma mais completa e esclarecedora. Nesse período, Ana descobriu que estava grávida novamente e, em novembro de 2020, deu à luz seu segundo filho, Caleb Reis.
Aos 1 ano e 11 meses de Ana Laura, Ana Flávia teve a coragem de procurar um neurologista, que diagnosticou sua filha como parte do espectro autista. Esse momento foi desafiador, mas Ana encontrou forças para enfrentar a situação, contando com o apoio e orientação de Débora, que já havia trilhado uma jornada semelhante.
Em 2023, aos 25 anos, Ana Flávia decidiu transformar sua experiência em ação. Ela fundou um grupo de mães atípicas com o objetivo de unir forças e defender os direitos das crianças com necessidades especiais. O grupo continua crescendo e fortalecendo-se, impulsionado pela crença na união e na resiliência materna.
Atualmente, Ana Flávia está cursando Pedagogia e tem o sonho de atuar nas escolas, promovendo inclusão e conhecimento. Sua história é um testemunho de amor incondicional e determinação em fazer a diferença na vida de crianças e famílias que enfrentam desafios semelhantes.
Ana Flávia Ferreira dos Santos é mais do que uma mãe, é uma defensora apaixonada pela inclusão e pela valorização das diferenças, inspirando outras mães e pais a abraçarem suas jornadas com coragem e esperança.
Maria da Consolação Lopes Bandeira nasceu no dia 24 de outubro de 1967, na cidade de Abre Campos, interior de Minas Gerais. Filha de José Raimundo Moreira (lavrador) e Geralda Lopes Moreira (lavradora), seus pais nascidos e criados na roça onde trabalharam parte da vida colhendo arroz e cortando lenha. Viviam uma vida sofrida com sua filha mais velha Divina e depois de um ano do nascimento de Maria, José conversando com Geralda decidiram vender o pouco que tinham e mudaram para Contagem, onde já tinham alguns parentes, para trabalhar em um emprego melhor na esperança de oferecer uma vida mais digna para sua família. Ao contrário do esperado, a vida na cidade era bem mais difícil. Com duas filhas pequenas, esposa, sua mãe e sua irmã moravam de aluguel em um cômodo, sendo um banheiro comunitário. Tiveram vontade de voltar, porém não tinham mais para onde voltar, pois tinham vendido o único patrimônio deixado pelo pai, um terreno, que serviu ao menos para comprar outro terreno na cidade de Contagem, no bairro Eldorado. Foi necessário então que Geralda e a irmã de José começaram a trabalhar, enquanto a mãe cuidava das crianças. Depois de dois anos de muita luta construíram dois cômodos e um banheiro de telha de amianto no terreno do bairro Eldorado, para onde se mudaram.
Com o passar dos anos Maria amava estudar, com muita dificuldade em escola pública, material e roupas doadas pela patroa da tia, chinelos, bolsa feita com a sacola de arroz, ela ia toda feliz para a escola. Estudava de manhã e a tarde trabalhava de babá, aos 10 anos, para ajudar nas despesas de casa, pois seu pai trabalhava de dia e a noite, devido ao peso das responsabilidades, se entregou ao alcoolismo.
Mesmo vivendo esta vida de lutas, conseguiu se formar no primeiro grau e ao mesmo tempo aos 15 anos, namorou 10 meses e se casou com seu primeiro marido. Viu nele uma esperança de mudar de vida, ter um pouco mais de conforto, carinho, porém logo em seguida percebeu que siau de uma prisão para outra muito pior, onde sofreu violência doméstica. Depois de cinco anos casada, na esperança de tudo melhorar, adotou uma menina, Jéssica, que se tornou a razão de continuar vivendo. O ciúme doentio de seu marido só aumentava, e agora o motivo das brigas e ciúmes era a criança. Suportou onze anos de casada, neste período procurou sua independência financeira, cursando o magistério e mesmo antes de terminar já estava trabalhando, o que possibilitou sair do cativeiro que vivia com sua filha, mudando de bairro com sua filha e seus pais, recomeçando sua vida em outro lugar.
Passados cinco anos reencontrou um amigo de muitos anos, o senhor Odete Bandeira, um homem de muita sabedoria, atencioso, carinhoso e protetor, que lhe apresentou Jesus, mudando sua vida para sempre. Há 24 anos formaram uma linda família, gerando Camille Vitória. Conheceram Igarapé passeando em um sítio de uma amiga e pensando em dar qualidade de vida para a família, se mudaram para Igarapé há 15 anos. Cidade acolhedora e hospitaleira de um povo simples e cordial, com pessoas que ofereciam um cafezinho sem nem te conhecer direito, apaixonante por sua beleza natural e de onde não quer sair. Atualmente, aos 56 anos, está cursando o 2º ano de Pedagogia, demonstrando sua garra, perseverança, persistência e coragem para lutar pelos seus sonhos.
Elcilene Ferreira Mendes nasceu no dia 14 de janeiro de 1966, em Curapaque, Minas Gerais. Filha Elci Ferreira e Ocarlina Mendes. Aos dois anos mudou-se para Betim com a família. Em 2013, mudou-se para Igarapé com seu esposo. Mãe de 3 filhos: Maira, Maressa e Tiago. Avó do Bernardo, Bryan, Matheus Henrique e Heitor.
Mãe solo, teve ajuda de sua mãe para criar os filhos, enquanto trabalhava. Enfrentou a maternidade com muitos desafios, os filhos foram a sua energia para correr atrás. Mulher guerreira, trabalhadora, que tem uma história de vida com suas lutas e Vitórias. Gostaria de ter acompanhado a infância e adolescência dos filhos de perto, mas teve que trabalhar para conseguir o pão de cada dia. Hoje quando a família se reúne, dedica todo seu carinho e amor no ato de cozinhar. Gosta muito de curtir um tempo livre, sua comida e seu tempero é maravilhoso, cozinheira de mão cheia. A família sabe que pode contar com ela para ajudar em qualquer tempo. O amor de mãe é tão grande que por seus filhos é capaz de dar sua própria vida, mostrando um gesto de proteção. Sua alegria é estar ao lado dos netos.
E como ela gosta de dizer: Ser mãe é padecer num paraíso. Ser mãe é andar chorando num sorriso! Ser mãe é conhecer os defeitos e ainda amar!
Elisangela Nunes de Oliveira nasceu no dia 30 de julho de 1977, no município de Caratinga. Filha de Francisco e Maria Auxiliadora. Tem cinco irmãs. Seu pai era pedreiro e sua mãe, lavadeira de roupas. Viviam uma vida sofrida em Caratinga. Então, Francisco e Maria resolveram vir para Contagem para tentar melhorar um pouco a vida. Sem saber que com essa atitude a vida ficaria ainda mais difícil, passaram dias, meses e anos de luta, pagando aluguel e morando uma família de 8 pessoas em três cômodos. O pai trabalhava e as filhas saíram da escola para também trabalhar e ajudar com o pouco que ganhavam, pois todas eram menores de idade.
Elisângela, com 14 anos, conheceu Luiz Flávio seu primeiro marido, mesmo muito nova seu pai consentiu que namorassem e ainda menina, com 15 anos de idade, teve seu primeiro filho. Três anos depois, ela teve mais uma filha e resolveram vir para Igarapé, onde conseguiram comprar um terreno financiado, isso no ano de 1997. As lutas ainda eram grandes demais. Elisangela, já com 2 filhos e esperando o terceiro, passou por várias necessidades, até mesmo alimentares, mas certa da vitória nunca perdeu sua fé.
Logo após o nascimento de seu terceiro filho, separou-se do marido e começou a lutar sozinha pela criação de seus filhos. Pelo aperto financeiro e com 3 crianças, deixou de comer várias vezes para não faltar para seus filhos. Depois de três anos, conheceu seu atual companheiro e teve seu quarto filho. Elisangela, desde então, nunca mais aceitou se acomodar e esperar, sempre correu atrás, desde o ano de 1997, quando chegou em Igarapé e fixou-se.
Criou seus filhos, que hoje são homens e mulheres de bem, pois Elisângela deu o seu melhor para que isso acontecesse. Sabendo que houve muitas falhas, mas em ponto de pobreza, ela tinha fé.
Hoje, com 47 anos, mãe de 4 filhos e 2 netos, lembra das lutas e chora, mas é grata a Deus por tudo, principalmente por ter vindo para Igarapé, cidade que a acolheu e de onde não quer sair, só mesmo quando for a vontade de Deus.
Fátima Aparecida da Silva, natural de Luz, Minas Gerais, é uma mulher cuja trajetória de vida é um verdadeiro exemplo de amor, dedicação e serviço. Nascida em 1965, ela cresceu em um ambiente onde os valores familiares e a solidariedade sempre foram muito estimados, traços que ela carrega consigo até hoje. Casada há 33 anos, Fátima é a matriarca amorosa de três filhas. Grande parte da sua vida, foi dedicada integralmente aos cuidados de sua família. Com o tempo, à medida que suas filhas cresceram e ganharam independência, Fátima decidiu iniciar um novo capítulo profissional. Foi então que, já na maturidade, ela entrou para o serviço público, assumindo um cargo na Câmara Municipal de Igarapé.
Em seus 16 anos de Câmara, Fátima não apenas adaptou-se ao ambiente de trabalho, mas transformou-o. Ela trouxe para o local de trabalho a mesma dedicação e amor que sempre marcaram sua vida familiar. Tendo uma natureza carinhosa, gentil e educada, características que transcendem o profissional e a tornam uma figura maternal para todos ao seu redor.
Seus colegas na Câmara a veem não apenas como uma colega de trabalho, mas como uma verdadeira amiga e uma segunda mãe. A forma como Fátima abraça sua função vai além das responsabilidades cotidianas; ela cria um ambiente de trabalho mais humano e acolhedor. Esta homenagem é um pequeno gesto de gratidão e reconhecimento por tudo que Fátima representa: uma profissional exemplar, uma mãe dedicada e uma amiga incomparável.
Joana Maria de Queiroz nasceu dia 21 de agosto de 1957, na cidade de Igarapé. Filha de Juvenal e Emília.
É casada, e desta união nasceram três filhas: Cleide, Denise e Deyse, uma filha de criação que morou com eles até completar seus 16 anos e ainda uma sobrinha de seu marido que ficou com eles da adolescência até se casar. Seus netos são: Gabriel, Higor, Caio, Cecília e Lucas.
Trabalha como auxiliar de Enfermagem há muitos anos, e aconteceram mudanças em sua vida depois que começou a trabalhar como auxiliar de enfermagem. Ela gosta de ficar perto das pessoas, pois sempre gostou de ajudar as pessoas, e por vezes não conseguiu, pois a lei não permite o que já lhe trouxe certo desapontamento. Com sua sabedoria e experiência adquirida aos longos dos anos, vai fazendo o que pode, como diz: “trabalhando com as armas que têm”.
Ao longo dos anos, muitas coisas lhe ocorreram que marcaram sua vida na profissão desempenhada, e hoje ela agradece a Deus, pois esse era seu sonho e foi realizado, mesmo com alguns contratempos que surgiram, ela se sente uma pessoa realizada profissionalmente.
Magna da Silva Alves nasceu em 24 de novembro de 1955, no distrito de Azurita em Mateus Leme. Casada com Antônio Alves e Silva (in memoriam), filho ilustre desta cidade. É mãe de quatro filhos: Cristiano, Alexandre, Samuel e Davi.
Magna viveu sempre próximo a estações ferroviárias, onde seu pai Senhor Idelfonso, ferroviário da antiga rede federal, sempre vivia em deslocamento pelas cidades atendidas outrora por ferrovia, até enfim, residir e trabalhar definitivamente no município de Betim. Foi neste município que Magna conheceu no ano de 1974, seu futuro esposo, até então taxista naquele município. Três anos mais tarde, no dia 09 de julho de 1977, após se casar com o “Toninho”, veio a residir nesta Cidade Menina.
Magna é uma pessoa sempre alegre e com uma gargalhada inconfundível, bastando apenas com sua alegria rir, para que todos ao seu redor saibam que ali está, contagiando a todos. Alegria é a imagem que Magna passa a quem está ao seu redor. Também é conhecida em toda a cidade pelo assistencialismo e caridade desenvolvidos ao longo do tempo. No ano de 1993, o padre José Justino de Carvalho, então pároco da Paróquia de Santo Antônio, ficou sabendo da alma caridosa que Magna tinha e veio a convidá-la para iniciar com ele, em Igarapé, o Bocado do Pobre, obra de caridade fundada em 21 de fevereiro de 1867, na Itália, pelo Beato Padre Giacomo Cusmano, em que atuam desempenhando um papel fundamental de caridade para com os mais necessitados, dando assistência não somente de cunho material, mas promovendo a dignidade humana e cristã.
Ao longo de toda sua estadia nesse município, Magna se tornou uma personagem do município, conhecida pela sua alegria e prazer em ajudar em obras sociais, onde até hoje, continua a exercer sua maravilhosa bondade e contagiando todos ao seu redor com alegria!
Maria Madalena de Souza Batista, nascida em 17 de Março de 1959, em casa, com auxílio de parteiras.
Nascida e criada em Igarapé, filha da Altina e Notório, teve 12 irmãos, se casou com João Bosco, mãe de 02 filhos, avó de 04 netos, com muita luta, esforço e dedicação se formou em história e geografia em meio à dificuldade após ser mãe e não ter tanto recurso naquela época, foi professora em Igarapé por 34 anos.
Hoje, após anos de trabalho, Madalena é reconhecida por fazer parte da história da educação em Igarapé.
Sempre bem lembrada e querida por todos.
Norma Rosa de Souza Silva nasceu em 8 de outubro de 1973, em Governador Valadares, Minas Gerais. Filha de Maria Rosa de Souza e José Adil Eliziário de Souza.
Aos 5 anos, Norma mudou-se para Igarapé, onde cresceu no bairro Pousada Del Rey, ao lado de seus cinco irmãos. Ela estudou até o 4º ano do ensino fundamental, mas pausou os estudos para trabalhar, pois perdeu o pai e sua mãe precisava de sua ajuda nas despesas de casa e na criação dos irmãos.
Aos 22 anos, casou-se e teve sua primeira filha, Deysiane, que enfrentou desafios de saúde devido à anemia. Isso trouxe preocupações, mas também força e um grande orgulho para Norma, pois realizou o seu sonho em ter uma filha. Nove meses depois o seu filho Junior nasceu, completando a sua felicidade com um casal de filhos. Norma relata que seus filhos sempre foram obedientes e a respeitam, mesmo na idade adulta, trazendo-lhe grande satisfação. Norma tem cinco netos: Isabelly, Ayla, Sophia, Laura e Anthony.
Apesar das dificuldades passadas ao longo do tempo, ela é grata a Deus por todos os processos passados, hoje ela encontra a felicidade em curtir a vida, reunir com os irmãos e trabalhar. Para ela, ser mãe é o maior orgulho e amor de sua vida, enquanto ser avó a emociona profundamente, trazendo alegria ao reviver a infância através dos netos.
Sinair Ramos Andrade, nascida em 06 de junho de 1961, no povoado chamado Conceição das Laranjeiras, pertencente a cidade chamada Galileia, em Minas Gerais, onde passou toda sua infância. Casada com Mirain José de Andrade, com o qual teve três filhas: Cidiane, Simone e Cintia. Hoje é viúva, após a perda de seu companheiro em fevereiro de 2021.
Iniciou sua carreira na área hospitalar no Hospital Imaculada Conceição como enfermeira por dez anos, na cidade de Galileia.
Mudou para Igarapé em novembro de 1997, vindo a trabalho através do ex-prefeito Antônio Chaves. Foi umas das funcionárias do setor de Enfermagem da policlínica, onde atendia a população com total dedicação, entre os anos de 1997 até 2004. Hoje dedica o seu tempo na obra de Deus na igreja do Evangelho Quadrangular, do bairro Jardim das Roseiras, ao lado do pastor Genil Braga, como auxiliar.
Tatiana Alves Da Silva Moreira nasceu em 03 de julho de 1981, em Matheus Leme, filha de Deusa e José, lavradores, pessoas humildes e do campo. Aos 7 anos de idade perdeu seu pai com um derrame cerebral, em dezembro de 1988. Com isso passou pouco tempo de sua infância com o pai e cresceu se tornando adulta sem a presença e o amor dele por perto.
Aos 19 anos de idade casou-se com Paulino e ficou grávida de seu único filho. No ano de 2000, teve o maior amor de sua vida, Allan. Com pouca idade, mas com muita responsabilidade foi criando seu filho, desde cedo lhe educando e lhe ensinando o caminho certo da vida, sempre o acompanhando por todo lado.
Em 2009, aconteceu uma tragédia terrível, sofreu um acidente com sua família, um vazamento de gás de cozinha que acabou incendiando a casa de sua mãe Deusa, onde Tatiana morava na época. Ficou internada durante um mês no hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Passado isso foi recuperando aos poucos, no início era difícil, pois tinha que tratar as queimaduras diariamente em casa, mas com o passar do tempo conseguiu se recuperar.
Em fevereiro de 2010, mudou-se para o imóvel em que mora hoje, que no início era bem diferente do que é hoje, era uma casa mais simples. Com o passar do tempo foi evoluindo e hoje sua casa está muito bonita do jeito que sempre quis. Diariamente limpa a casa e cuida muito bem do seu quintal.
Em 2014, ela tinha um sonho de tirar sua carteira de motorista e ter seu carro e assim conseguiu, tendo seu carro Voyage como sua marca registrada. Ela cuida muito bem de seu carro, todos que veem o carro não acreditam que ele tem 10 anos, pois aparenta ter saído da concessionária de tão limpo e conservado que está.
Atualmente ela é dona de casa, cuidando e limpando e deixando seu lar sempre em ordem e mesmo seu filho tendo 23 anos ela o acompanha por onde for. Ela continua a mesma mãe carinhosa cuidadosa e amorosa, o tempo passou, mas o jeito dela de tratar o seu filho e sua família nunca mudou, sempre do mesmo jeito carinhoso e amoroso.
Valdirene Miranda Oliveira nasceu em 13 de setembro de 1978, em Contagem, mas estabelecida em Igarapé desde os primeiros meses de vida, é filha de Cândida e Geraldo.
A maternidade sempre foi um sonho acalentado por Valdirene. Aos 27 anos, Deus lhe concedeu a dádiva de ser mãe, dando à luz Pedro. Embora não esperasse enfrentar tal desafio naquele momento, a chegada de Pedro trouxe consigo uma jornada repleta de superação e amor, mas também de dificuldades inesperadas.
Criar Pedro sozinha não foi uma tarefa simples. Em meio a momentos de rejeição, desamparo e desespero, Valdirene e Pedro seguiram juntos, enfrentando os obstáculos com coragem e determinação.
À medida que Pedro crescia, tornava-se evidente que seu comportamento diferia do padrão. Valdirene, por vezes, culpava-se, achando que suas ausências poderiam ser a causa, ou talvez a falta de presença paterna. Entretanto, com o tempo, as mudanças de humor e comportamento de Pedro se tornaram mais evidentes. Durante sua fase escolar, lidar com suas dificuldades de memorização, irritabilidade e comportamento desafiador não apenas os isolou socialmente, mas também os fez sentir rejeitados e humilhados, até mesmo por parte da família que não compreendia suas lutas.
As dificuldades não cessaram por aí. A inclusão de Pedro na escola e na sociedade trouxe novos desafios. O diagnóstico de autismo veio como um esclarecimento, mas também exigiu uma dedicação ainda maior por parte de Valdirene. Em 2014, um AVC isquêmico acometeu Valdirene, privando-a do movimento do lado direito do corpo e deixando sequelas que perduram até hoje. Apesar das dificuldades físicas adicionais, sua determinação em cuidar de si mesma e de Pedro só se fortaleceu.
Com a ajuda divina e de profissionais da saúde, Valdirene encontrou forças para superar os desafios, levantando-se da cadeira de rodas e seguindo adiante ao lado de Pedro. A jornada continua sendo árdua, mas a fé em Deus e o amor incondicional por seu filho são suas maiores fontes de inspiração e fortaleza.
A maternidade de Valdirene é um testemunho do amor puro e verdadeiro. Pedro é sua força, sua esperança, e a cada dia ela aprende com ele. Ela afirma que são grandes as dificuldades de ser mãe solo, mas com Deus como guia e fonte de força, segue firme, enfrentando cada desafio com amor e determinação. Todos os dias o seu amor aumenta e todos os dias ela agradece a Deus pelo privilégio de ser mãe do Pedro.
por COMUNICAÇÃO